"Tu te levantarás reverentemente diante de uma cabeça com cabelos brancos; honrarás o ancião e tratarás sempre com elevado respeito todas as pessoas idosas. Temerás o SENHOR teu Deus. Eu Sou O Senhor." Lev. 19.32
Gasta-se tempo demais analisando e tentando entender as guerras intergeracionais, seja das gerações dos Millennials [nascidos 1995-2005] ou a Zoomerr, [nascidos de 2003-2017] buscando no comportamento e gostos destes qual de fato tem o modelo de vida ideal a ser imitado. Por um outro lado, pouquíssimo se analisa a geração que se despedirá em breve, e, é esta a geração, que mais poderia ensinar às demais, como viver bem e viver feliz. Fala-se em comportamentos ainda adolescentes, como se fora padrão, e rechaça a voz da experiência como se fora ultrapassada. Surge uma verdadeira apoteose à ícones da atualidade, a maioria em crise total de identidade, pois ainda estão em formação, há etapas ainda a serem cumpridas para se chegar à maturidade segura, mas que Mídia tem o poder mágico em torná-los produtos prontos, perfeitos e ideais. Com majestoso e sedutor marketing acaba levando uma geração inteira a segui-los, como se fossem a resposta para a crise existencial desta sociedade fragmentada e dilacerada pelo relativismo e pelo hedonismo. Agem à exemplo de Jeroboão, rei de Israel, que rejeitou os conselhos dos anciões que aconselhavam o rei seu pai e foi tomar conselhos com os jovens que cresceram com ele; conselhos que o levou a dividir o reino e trazer grandes prejuízos à Nação de israel. [2. Crônicas 10.8ss]. O ideal seria fazer com que nossa sociedade retomasse conceitos considerados antigos, mas que faziam e davam sentido a existência humana, valores que impediram de tornarmos inumanos, e predadores de nós mesmos.
Até mesmo para a perpetuação da raça humana, ou quiçá, para não se correr o risco de ver as novas gerações vir a naufragarem nas margens do mar do nada, deve-se, os de bom siso, que estão na geração mais madura, [boomers – 1944-1964, x -1965-1979 ou até mesmo a geração y nascidos 1980-1994] retomarem o leme, estabelecer novo curso, e ensinar a novíssimas gerações, a vida construída por princípios sólidos e absolutos, valores que sejam como porto seguro, onde no futuro, poderão ancorar, e de forma madura, serem capaz de solucionar seus complexos problemas. Agindo assim, evitar -sê-a de forma urgente, que as novas gerações sejam conduzidas por bússolas desreguladas, mentes direcionadas mais pela puberdade tardia do que pela sabedoria e conhecimento, valores fortalecedores do sujeito e da sociedade. Para isto se concretizar, se faz necessário dar voz, vez e lugar ao idoso na formação das novas gerações. O mecanismo Dialogal entre as gerações, poderá juntar o conhecimento técnico das novas gerações, ao conteúdo conceitual, procedimental e atitudinal das gerações mais experientes.
A geração denominada de idosa, tem muito a ensinar, mas tem pouco espaço na agenda dos mais novos e do mecanismo de comunicação geral sociedade ultramoderna. Para muitos, esta geração é tida como sinônimo de ultrapassada, com conhecimentos já superados, e por isto, não têm respostas para atender as demandas da geração da liquides, dos valores descartáveis, e da total urgência. A geração idosa precisa de respeito não somente por acumular anos de vida, mas pela sabedoria de vida que traz consigo. Esta ruptura propagada entre as gerações, tem objetivo ideológico, político e satânico em minar, enfraquecer toda a sociedade, tornando-as prezas fáceis para um governo soberano e usurpador, com ideias comunistas aparamentando o estado como intervencionista que possui a solução, conseguindo não somente defraudar os direitos divinos da família, mais destrui-la de vez por toda.
Cabe a Igreja de cosmovisão reformada, numa ação conjunta entre as gerações:
a) ler o momento no qual está ela inserida, entendê-lo sem perda de tempo, e com expertise agir proativamente;
b) Discutir e Compreender corretamente o que de fato está por detrás destes muitos movimentos ditos como politicamente corretos, que de forma subversiva apresentam ideologias antibíblicas e destruidoras de valores éticos morais inerentes a vida;
c) deixar de flertar com estes movimentos, denunciá-los e rejeitá-los;
d) apresentar com veemência eficaz, modelos bíblicos para nossa juventude, posicionando-se com ensinos e princípios teológicos, somados aos exemplos familiares saudáveis, que juntos, poderão aproximar as gerações mais novas das gerações mais experientes.
Com assaz ações, evita-se as rupturas entre gerações, e ao mesmo tempo fortalece nossa juventude, corroborando desta forma, para construção de uma geração com ideias próprias, crivo crítico, capazes de solucionar os complexos problemas. Crê-se peremptoriamente, que para o alcance de uma geração com excelência de vida, ouvir o idoso será elementar nesta desafiadora tarefa. Com mesma intensidade, acredita-se que para haver uma aproximação intergeracional, Implica-se em primeiro momento, resgatar o ser humano tanto em sua dimensão funcional como relacional, e isto dentro do contexto da célula mantenedora da sociedade, que é a família na sua formatação original e bíblica, ambiente seguro para acolher a todos e evitar guerras intergeracionais.
Rev. Elizeu Eduardo